Era apenas mais um sábado, mais um ensaio, como é a rotina dos meninos do The Fooo Conspiracy. Pelo menos é o que eles pensavam.
Chegaram ao estúdio de dança, animados. Não
importava se era rotina, eles amavam o que faziam.
Omar: Dana mí amor! – a abraçou
Olly: Boa tarde! – a cumprimentou
Oscar: Oi!
Felix: Hei!
Dana: Oi meninos!
Oscar: Onde está Matt?
Dana: Ah ele foi buscar uma pessoa e já vem.
Omar: E qual as novidades?
Dana: Bom, eu preciso falar com vocês. – eles prestaram atenção
Olly: Diga.
Dana: Bom, é que eu tenho uma prima, Beatriz, e
ela está vindo passar um tempo comigo.
Felix: Legal!
Dana: Seria, se ela não tivesse a idade de
vocês e fosse um tanto encrenqueira.
Omar: Hm. Bad Girl. – fez uma cara brincalhona
Olly: Hey, eu gosto de bad girls – piscou e nós
rimos.
Dana: Meninos! Nós não somos muito próximas,
mas eu sou a única com quem ela pode ficar no momento, e gostaria que vocês
fizessem amizade com ela, levassem ela para conhecer a cidade. Ela adora sair,
disso eu sei. E eu não tenho muito tempo e não quero deixa-la sozinha, talvez
ela arranje menos confusão estando com vocês.
Olly: Fica tranquila, a gente cuida dela – ele
sorriu simpático, Olly, sempre fofo com todos, mal sabe ele o que o espera.
Felix: Mas como assim você é a única com quem
ela pode ficar? E os pais dela?
Dana: Ela não tem pai, não que eu me lembre. E
a mãe dela... – hesitou – Está com problemas sérios...
Beatriz: Com problemas ela quer dizer presa.
Fala sério Dana! Vamos ser sinceras. – todos olharam para a menina com uma aparência rebelde, mas nem tanto. –
Wow, Matt, quando você disse que eles eram bonitos, achei que só estivesse
sendo gentil. Eu estava enganada, eles são lindos mesmo. – ela sorriu
analisando cada um deles que neste momento pareciam tomates de tão vermelhos –
Que gracinha, eles ficaram com vergonha – deu risada.
Dana: Oi Bia. – ela foi cumprimenta-la sorridente,
porém tensa.
Matt: Alguém pode me ajudar? – ele disse quase
caindo com as malas, os meninos correram para ajuda-lo.
Beatriz: Ah, foi mal Matt, esqueci que você
estava com todas as malas – ela riu pegando uma mala.
Matt: Tudo bem. Mas você trouxe o que? Sua
casa? – riram
Beatriz: Então... Vai me apresentar os
príncipes ou vamos ficar aqui com cara de quem viu um E.T.?
Dana: Desculpe – Beatriz riu – Bia estes são
Oscar, Omar, Felix e Olly – ela disse apontando cada um deles – Meninos essa é
minha prima Beatriz.
Oscar: Prazer.
Omar: Bem vinda!
Olly: Olá!
Felix: Sinta-se em casa.
Beatriz: Meio difícil. Em minha casa não tem
pessoas bonitas e muito menos simpáticas e fofas como vocês – se jogou no pufe
que havia ali cansada.
Dana: Do jeito que você fala parece que o lugar
que você mora é um pedacinho do inferno.
Beatriz: Não parece não. É. – ela jogou a cabeça para trás fechando os olhos
Olly: Você parece cansada, quer beber alguma
coisa?
Beatriz: Claro – levantou a cabeça – Tem agua?
– Felix deu risada – O que foi?
Felix: Achei que você fosse pedir algo como
Vodka – riram juntos
Olly: Eu pego pra você – ele foi até o frigobar
e pegou uma garrafinha d’água.
Beatriz: Obrigada – se sentou e bebeu
Matt: Vamos ensaiar meninos?
Beatriz: Mm, tive certeza de que são lindos,
sei que cantam, se dançarem bem eu me caso com vocês.
Olly: Pode comprar as alianças então querida – ele
piscou e todos riram
Dana: Ouvi falar que você também dança. – ela comentou
Beatriz: Dançar? Eu? Imagine! Eu só sou um
espetáculo – ela falou como se não fosse nada
Olly: Essa eu quero ver. – ele cruzou os braços
e arqueou a sobrancelha
Beatriz: Está me desafiando? – ela se levantou
e ficou frente a frente com Olly, tipo MUITO próxima dele, estavam a poucos
centímetros um do outro.
Olly: Entenda como quiser – apontou o braço
para o meio da sala, ela riu indo em direção ao som.
Conectou seu celular e começou a tocar a musica
GDFR (Flo Rida), pela metade já que ela só colocou pra continuar de onde ela
estava escutando, e ela dançou. Todos
aplaudiram quando ela acabou.
Beatriz: Satisfeito? – ela parou em frente à
Olly e cruzou os braços
Olly: Por enquanto – ele piscou e foi para o
centro da sala para começarem o ensaio.
Enquanto eles dançavam Beatriz observava cada
um deles. Eles são lindos, dançam bem e cantam, tem coisa melhor?
O ensaio terminou e os meninos foram tomar um
banho e quando voltaram Dana pediu que levassem Bia para dar uma volta e ela
levaria as malas para casa e seguiria para seu outro trabalho. E assim o
fizeram.
Dana: Vê se não os mete em encrenca Bia – ela alertou
preocupada
Beatriz: Juízo é meu sobrenome – ela piscou
Dana: Com certeza – ela riu sabendo que aquilo
era a mais pura mentira.
Eles foram caminhando, o sol ainda estava forte
e fazia calor.
Oscar: Aonde vamos?
Omar: Não sei. – Felix deu de ombros e assim
todos olharam para Bia
Beatriz: Qual é gente eu não conheço a cidade.
Olly: Está com fome? O que quer?
Beatriz: Vocês nus. – ela falou e riu logo em
seguida por eles terem ficado vermelhos – Calma é brincadeira.
Oscar: Onde você gosta de ir?
Felix: Algum tipo de bar?
Beatriz: Eu não bebo – eles a olharam
incrédulos – O que foi?
Omar: Você não bebe?
Beatriz: Não.
Oscar: Você é virgem? – ele brincou
Beatriz: Sou. – eles arregalaram os olhos –
Qual é gente que coisa cliché. A garota revoltada se veste de preto, que sai
escondida, bebe todas e transa com vários caras por pura diversão. Francamente
– ela deu uma risada rápida e irônica e pegou uma batata do prato de um
desconhecido que passava ao seu lado.
Olly: Não pode pegar a comida dos outros assim!
Beatriz: Isso não é comida meu querido... Olly,
certo? Isso é batata frita, é vida. – disse enquanto balançava a batata próximo
ao rosto de Olly antes de comê-la, ele riu com um olhar tipo “essa garota tem
problemas”
Oscar: Um sorvete então? – todos toparam e eles
seguiram para sorveteria
Eles estavam a um quarteirão da sorveteria e
passaram em frente a um bar onde tinha dois caras enormes encostados em suas
motos. Um deles assoviou e disse “Nossa que gostosa! Deveria estar no colo do
papai aqui e não com esses moleques”... Ela estava rindo de algo e parou
imediatamente ao ouvir aquilo.
Beatriz: O que? – ela virou-se em direção do
grandalhão
Omar: Caramba, isso não vai acabar bem – ele disse
já pressentindo o que viria pela frente.
Grandalhão: Quer que eu fale no seu ouvido
gata? – Beatriz sorriu e foi andando lentamente em direção a ele
Oscar: Bia, não faz isso. – ela ignorou e continuou
Felix: Estamos mortos.
Olly: Olha o tamanho desse cara.
Beatriz: Repete – ela puxou ele delicadamente
pela gola da camisa e encostou-o na parede
Grandalhão: Você deveria estar no colo do papai
aqui e não com esses moleques. – ela sorriu, mas não foi por gostar daquilo, e
sim um sorriso sarcástico.
Beatriz se aproximou para beijá-lo, porém deu
uma joelhada no meio de suas pernas, e pisou em seu pé. Ela o puxou pelo cabelo
aproveitando que ele estava fraco com a dor que sentia e acertou seu nariz no
latão de lixo e ele caiu no chão.
Grandalhão2: Você tá maluca? – gritou se
aproximando
Beatriz: Corre! – gritou puxando Olly e Omar
pela camisa e os outros seguiram atrás morrendo de medo e Beatriz morrendo de
rir.
Eles correram e os grandalhões correram atrás
deles gritando coisas do tipo “Vocês estão mortos” ou “Voltem aqui seus
moleques!”. Eles conseguiram avançar metros à frente virando a primeira
esquina, poucos metros havia uma multidão saindo de um restaurante e antes um
beco aonde eles entraram e se esconderam atrás do latão de lixo.
Omar: Acho que vou ter uma crise de pânico –
disse tentando controlar a respiração
Beatriz: Shh! Fiquem quietos.
Grandalhão: Cadê eles? – disse parando de
correr em frente ao beco
Grandalhã2: Eu que sei? Como você deixou uma
vadia daquela te quebrar assim? – riu
Grandalhão: Cala a boca! Eles têm sorte de
estarmos de partida, mas se eu os encontrar, eu acabo com eles! – disse
procurando a carteira – Cadê minha carteira?
Grandalhão2: Que? Como vou saber? Deve ter
caído no caminho.
Grandalhão: Era só o que me faltava. Vou ligar
pra... ah cadê meu celular?
Grandalhão2: Você está de brincadeira né?
Grandalhão: Ah! Esquece, vamos embora. – disse
voltando para o bar
Felix: Já foram?
Omar: Vamos morrer? – disse quase chorando
Beatriz: Não vamos morrer! E eles já foram,
venham.
Olly: Que tipo de homem mau apanha de uma
garota e perde seus pertences? – disse enquanto Bia conferia se eles já haviam
sumido de vista
Beatriz: Não perdeu – ela voltou rindo tirando
do bolso uma carteira e um celular
Omar: Você roubou o cara? Você é louca?! – ele
estava apavorado
Oscar: Como você? Você... Ah Meu Deus! – ele
não sabia se ria ou se matava aquela garota
Beatriz: Relaxe. – ela desligou a celular e jogou
ambos os objetos no lixo.
Olly: Deixa-me ver se entendi. Você bate no
cara, você rouba o celular e a carteira e depois joga no lixo. É isso?
Felix: Sequer pegou o dinheiro?
Beatriz: Claro que peguei. Vamos. – retomaram o
caminho para a sorveteria.
Nenhum deles conseguia andar normalmente, já
Bia andava como se nada tivesse acontecido contando o dinheiro que havia tirado
da carteira.
Olly: Como consegue agir assim? Aqueles caras
podem estar nos procurando.
Beatriz: São poucas a chances deles no encontrarem,
pelo que notei, essa cidade é grande e eles foram em direção ao bar, vão pegar
as motos e vão voltar para a rua onde nos perderam. E nós estamos a três
quadras contrarias de lá. Não vão nos achar. Não agora que estão indo embora da
cidade como um deles disse.
Eles não tinham o que falar, mas ficaram mais
tranquilos. Em frente à sorveteria havia um morador de rua um tanto magro,
parecia faminto. Ela parou em frente a ele e lhe entregou todo o dinheiro que
estava em sua mão.
Beatriz: Não se preocupe com a quantia, você
precisa mais do que eu. – ele apenas agradeceu e ela entrou na sorveteria
Olly: Que lindo. Você não parece o tipo de
pessoa caridosa. – ele sorria surpreso com o ato de bondade.
Beatriz: Hey baby, sou louca, não um monstro. –
ela sorriu simpática e piscou
Nesse momento Olly fixou seus olhos nos dela e
sentiu seu coração acelerar, borboletas brotaram em seu estomago. Ok’ ele não
devia estar sentindo aquilo, Felix lhe deu um tapa na nuca fazendo-o acordar de
seu transi.
Olly: Ai Felix! Que foi?
Felix: Que foi? Só faltou babar agora! – ele
parou pra pensar e olhou para Bia que já estava na fila para fazer o pedido,
ela o olhou e o chamou – Se liga cara, quase morremos por causa dela. Acalma
seu coração ok?
Olly: Tanto faz. – ele sorriu e foi até ela –
Você não vem? – Felix suspirou, sabia no que ia dar
Eles fizeram os pedidos e se sentaram numa mesa
com vista pra rua. Conversa vai, conversa vem eles foram se conhecendo. Descobriram
que Beatrice não é completamente louca e que é muito inteligente. E ela
descobriu que eles não são garotos babacas.
Alguns dias se passaram, ela frequentava os
ensaios e eles se davam muito bem. Principalmente ela e Olly. Exceto pelas
encrencas que ela os meteu algumas vezes como: ir para delegacia por invadir
uma propriedade particular; ir pra delegacia por se meter em confusão num
restaurante; ir para delegacia por brincarem numa fonte da praça; ir para a
delegacia por desacatar autoridade; ir para a delegacia por bater em três
garotas numa festa; enfim, vários motivos. Mas apesar de tudo eles ainda
gostavam dela, se divertiam com ela, Omar era o mais apavorado, precisou de
umas consultas com um psicólogo. E nesta sexta eles vão ao parque de diversões.
Dana: Bea, por favor, não se meta em confusão.
Beatriz: Tudo bem. Prometo que hoje só vamos
nos divertir.
Omar: Nada de delegacias.
Olly: Nada de desacatar autoridade.
Oscar: Nada de roubar coisas.
Felix: Nada de invadir lugares proibidos.
Beatriz: OK! – riram
Eles chegaram ao parque, Beatriz estava toda
animada, havia muito tempo que não ia ao parque.
Olly: Aonde que ir primeiro?
Beatriz: No bate-bate! Já que não posso dirigir
em alta velocidade, pelo menos posso trompar nas pessoas! – ela disse correndo
pegando na mão de Olly que sorria feito um bobo.
Eles compraram os ingressos e entraram.
Brincaram como crianças, todos os cinco. Olly em especial, amou vê-la rindo
daquela forma, ainda mais quando Felix quase caiu fora de seu carrinho. Depois
de lá foram em outros brinquedos como Montanha-Russa, Túnel do Terror, no qual
Omar se recusou a ir. E em alguns jogos também, tiro ao alvo principalmente,
ela gostou de atirar nas coisas. Por impulso pegou as bolinhas da pessoa ao seu
lado sem ninguém além dos meninos verem, eles apenas riram. Ela ganhou um panda
de pelúcia e deu para Olly que adorou o presente. Beatriz amava vê-lo sorrir,
sorrir para ela. Eles estavam caminhando tentando ver aonde iriam agora.
Beatriz: Quero um algodão doce... MEU DEUS O
QUE É AQUILO?! – gritou olhando em direção à montanha-russa e pelo menos vinte
pessoas que estavam em sua volta olharam na direção da Montanha-Russa,
inclusive o vendedor de algodão doce.
Felix: O que Bia? – ele a olhou e ela já estava
a uns dois metros na frente deles que correram até ela.
Oscar: Onde você... Ah – entendeu tudo ao ver o
algodão doce nas mãos delas
Olly: Você não tem jeito né? – ela colocou um
pedaço na boca dando um sorriso meigo em seguida.
Garotinha: Mamãe! Por favor, quero um algodão
doce! – chorava a menininha puxando a mão da mãe dela que parecia triste
Mulher: July, já disse que não tenho mais
dinheiro, agora vamos para casa.
Garotinha: Mas mãe...
Beatriz: Tome, eu só comi um pedacinho – ela
disse se abaixando perto da garotinha entregando-lhe o algodão doce – Se
importa? – perguntou para a mãe da garotinha
Mulher: Não. Te agradeço na verdade. Te peço
desculpas também, minha filha não entende que...
Beatriz: Tudo bem. Criança é assim mesmo. – ela
sorriu e voltou para perto dos meninos
Olly: Você é uma boa pessoa sabia?
Beatriz: Obrigada – ela sorriu colocando um
pedaço de algodão doce na boca
Felix: Onde você pegou isso? – disse indignado
pelo algodão doce ter brotado na mão dela
Beatriz: Daquele cara ali atrás. – apontou para
trás onde havia um rapaz meio confuso, pois seu algodão doce acabara de
desaparecer de suas mãos.
Omar: Eu não vou falar mais nada – riram
Olly: Que
tal roda gigante?
Beatriz: Perfeito! Você vem comigo! – pegou em
sua mão e correram em direção à roda gigante.
Eles ficaram zoando na fila e ela entrou na
cabine junto de Olly e os meninos foram juntos em outra. Ela apreciava a vista
enquanto Olly a observava.
Beatriz: O que foi?
Olly: Você é linda. – ela ficou vermelha – Oh
não, eu deixei Beatriz constrangida! Chamem a imprensa! – ele brincou e ela riu
Beatriz: Bobo! – ela deu um leve soco no ombro
Olly: É muito difícil ver você ficar vermelha
ao ser elogiada.
Beatriz: Não quando eu estou gostando da pessoa
que me elogiou – ela disse e o encarou sorrindo, com um brilho nos olhos, não
dava mais para esconder o que ela sentia.
Ele sorriu feliz por ouvir aquilo. Era
inegável, eles estavam se apaixonando um pelo outro. Eles se aproximaram,
sorriram e se beijaram. Um beijo calmo, doce, cheio de carinho. Ele acariciou o
rosto dela e ela sentiu que estava realmente apaixonada por ele.
Beatriz: Essa é a parte em que você me pede em
namoro – ela brincou e ele riu
Olly: Bia, você quer ser minha namorada?
Beatriz: Não sei – se fez de boba – Claro que
eu quero. – ela o beijou novamente.
Enfim, os meninos ficaram meio preocupados, mas
não surpresos. Dana aceitou numa boa, sabia que não adiantaria nada reclamar
então... A mãe dela foi solta três meses mais tarde, mas ela não quis voltar. Bia
disse estar cansada daquela vida e decidiu que iria entrar para a faculdade. Beatriz
e Olly continuaram felizes e apaixonados, não precisaram lidar com distancia ou
tempo, pois depois de um ano de namoro, e mais confusões, eles resolveram morar
juntos... Mas isso já é outra historia...
.....THE
END.....
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