quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Dumbstruck (PT) com Felix




Eu estava na sala de aula, tentando prestar atenção no professor quando uma bolinha de papel acerta minha cabeça, eu a pego e olho para trás. Nenhum suspeito. Abro.

Tenho planos para esta noite. Está livre?” – Felix

Olhei para trás novamente dessa vez em direção de Felix que me olhou e piscou. Eu sorri e virei para frente afastando todos os pensamentos sobre este final de semana da minha memoria. Logo senti outra bolinha me acertar, olhei para trás e ele fez sinal para eu responder. Eu dei risada e neguei com a cabeça.

Para resumir: Eu e Felix nos odiávamos. A típica história do casal que se odeia e depois descobre que não são tão ruins assim de se conviver. Fomos todos acampar de sexta a domingo e eu fui obrigada a dividir a barraca com Felix. Acabamos por dar uma trégua, por iniciativa dele, por mim eu o teria ignorado o final de semana inteiro.

Conversamos, rimos, nos conhecemos, brincamos, nos divertimos e... Nos beijamos. E mais... Eu perdi minha virgindade. Eu sei que ele não é meu namorado e que não estamos apaixonados, bem, ele não está. Enfim, simplesmente aconteceu, e ele foi incrível. Carinhoso, cuidadoso, compreensivo, e ainda me lembro dele dizer “Não se preocupe anjo, essa noite é especial e só sua” totalmente doce.


Professor: Senhorita? – o olhei – Talvez queira vir ao quadro resolver está questão, certo? – eu dei de ombros e fui até o quadro resolvendo a questão com facilidade, física é minha praia.
Eu: Quer que eu faça algo mais? – perguntei me sentindo superior
Professor: Apenas volte ao seu lugar. – todos riram e aula seguiu


O sinal tocou. Peguei meu material e fui até meu armário. Quando fechei dei de cara com Felix e tive um mini infarto, não fosse aquele sorriso...


Eu: Quer me matar?
Felix: De beijos? Talvez. – dei risada e comecei andar
Eu: Então, o que pretende hoje à noite?
Felix: Surpresa.
Eu: Mmm...
Felix: Calma. Nada disso que está pensando. Mas você vai gostar.
Eu: Como tem tanta certeza?
Felix: Porque eu sei que é algo que você também quer.
Eu: Como assim... – me selou e saiu
Felix: Te pego às 21h30. – sumiu de vista


Fui para casa já avisando minha mãe que iria sair á noite. Para minha sorte ela não se importou, pois teria um encontro. Eram 20h50 e eu já estava pronta e me minha mãe veio até meu quarto toda arrumada e linda.


Mãe: Como estou? – ela usava um vestido simples, porém elegante na cor creme com um sapato um tom a baixo da cor do vestido. Cabelo meio preso numa linda trança, maquiagem leve e básica.
Eu: Está linda! E eu? – dei uma volta
Mãe: Linda, como sempre. Aonde vai?
Eu: Não sei. Ele disse que é surpresa.
Mãe: Tudo bem, mas me liga assim que puder.
Eu: Ué, de repente resolveu virar mãe? – rimos
Mãe: Oh que eu te ponho de castigo.
Eu: Não, isso gasta a beleza, você vai para seu encontro e eu para o meu. Tchau. – ela riu e saiu olhei pela janela e assim que ela saiu com sei lá quem Felix chegou. Desci – Aonde vamos?
Felix: A um lugar especial. – me entregou o capacete
Eu: Odeio suspense – ele ri. Subi na moto e fomos


Ele parou no meio do nada. Eu achei estranho e confesso que por um breve momento longo suspeitei que Felix fosse um serial killer que conquista garotas inocentes, tira sua virgindade e as leva ao encontro da morte.


Eu: Felix que lugar é...
Felix: Shh’ feche os olhos.
Eu: Mas...
Felix: Fecha. – implorou rindo – Eu não sou serial killer se é o que está pensando – OMG ele é telepata – Só não quero que estrague a surpresa, tem que ter o efeito esperado então fecha os olhos – eu suspirei e fechei meus olhos – Não vale espiar. – brincou
Eu: Já chegamos?
Felix: Quase lá.
Eu: E agora?
Felix: Ainda não.
Eu: E agora?
Felix: Pergunta mais uma vez e eu te dou um beijo – eu ri
Eu: Felix.
Felix: Oi.
Eu: Oi – rimos – Chegamos agora?
Felix: Sim.
Eu: Mas você não me deu o... – perdi a fala ao ver aquilo. Era lindo. Fiquei um tempo admirando aquele lugar.


Era um riacho, sobrenatural de tão lindo. O céu muito mais estrelado. A lua parecia muito maior e muito mais brilhante, pois não havia mais nada iluminando aquele lugar além dela e estava tudo bem nítido. A brisa era refrescante, a grama limpa e úmida. O aroma das arvores que cercavam todo o lugar...  Simplesmente mágico.


Felix: Gostou? – eu o olhei impressionada.
Eu: Tá brincando? Isso é... isso é... – ele se aproximou rindo
Felix: Isso é... isso é – me imitou e me puxou pela cintura colando nossos corpos – Isso é lindo, como você. – me beijou


O melhor beijo da minha vida. Foi diferente, foi magico, diferente de qualquer beijo. Paramos e nos olhamos. Eu sorri e ele sorriu.


Eu: Por que tudo isso? – ele me soltou e pegou violão que saio sabe Deus de onde e sentou-se
Felix: Sente aqui na minha frente. – apontou, eu sentei – Eu fiz uma musica.
Eu: Que legal! Acho que vou ter o prazer de ser a primeira a ouvir. – ele sorriu
Felix: Claro. Eu escrevi para você... – antes que eu dissesse algo ele começou tocar – I can’t say they stole the stars and put them in your eyes, girl... – cantou


E enquanto cantava eu me apaixonava mais. Ele olhava nos meus olhos, cantando com sinceridade. Eu não conseguia parar de sorrir. Tenho quase certeza de que meus olhos brilhavam refletindo o amor que surgia ali.


Felix: When I’m dumb-du dumbstruck – finalizou.


Ele suspirou aliviado, como quem acaba de desabafar.


Eu: Essa musica é... linda Felix.
Felix: Assim como a musa que me inspirou a fazê-la – eu sorri
Eu: Tem certeza que ela sou eu?
Felix: Com certeza, você é única em minha cabeça há algum tempo. E depois desse final de semana todas as minhas duvidas se foram. Eu estou completamente apaixonado por você. – eu estava completamente sem palavras diante daquilo. Tudo perfeito.
Eu: Eu nem sei o que dizer...  – eu sorri procurando palavras – Acho que palavras não são suficientes para descrever o que estou sentindo, Felix.
Felix: Um gesto pode falar mais que mil palavras. – ele deixou o violão de lado e eu me aproximei o beijando sem perder mais tempo.
Eu: Eu te amo – eu disse assim que paramos o beijo e ele deu o sorriso mais lindo que já vi na vida – Moleque irritante. – rimos
Felix: Eu te amo – me selou com um beijo – garota marrenta.


Ficamos ali deitados na grama mais algum tempo, relembrando os nossos confrontos e discussões idiotas. Quando chegamos em casa minha mãe também estava chegando, resolvi já apresentar Felix e conhecer o novo namorado dela.


Eu: Mãe? Esse é Felix e...
Felix: Pai?
NamoradoNovoDaMinhaMãe: Filho?
Eu: Minha mãe está namorando seu pai?
Mãe: Minha filha está namorando seu filho?
Felix: Agora está tudo em família. – rimos muito e resolvemos ir beber alguma coisa todos juntos.

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