quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Meu Sonho (PT) com Olly



Eu: Mas é meu sonho! Você não pode fazer isso comigo! – gritava com minha mãe
Mãe: Não tem discussão. Você vai fazer administração que é uma profissão mais segura. É o melhor para você. Do contrário...
Eu: O que? O que vai fazer? Me expulsar de casa? Me renegar? – ela se calou – Não se de ao trabalho, eu mesmo o faço.
Mãe: S/N.
Eu: Achei que o melhor para mim fosse estar feliz. Pelo visto sua opinião é bem diferente. – sequei as lagrimas – Você adora controlar tudo, achar que sabe tudo, mas não sabe! – peguei meu violão e andei em direção à porta. – Vou provar para você.
Mãe: Aonde você vai?
Eu: Por que quer saber? Não lhe devo mais satisfações a partir do momento em que não sou mais sua filha.  – ela se calou – Vou fazer um show, e vou arrasar como sempre faço. E como sempre você não vai estar lá para ver isso, porque só se importa com o que você quer e dane-se o resto. Adivinha: tal mãe, tal filha. – saí

Não dá mais para aguentar tanta pressão. Musica é minha vida e é disso que quero viver. Não importa o quão difícil seja, vou lutar pelo meu sonho. Só queria um pouco de apoio da minha única família.
Fui andando. Estava cedo então não tinha pressa. Precisava pensar.

Xxx: Cuidado! - *POU* caí
Eu: Ah! – gritei com a dor
Xxx: Meu Deus! Me perdoe, eu perdi o controle – pegou minha mão e me ajudando a levantar – Você está... – parou no meio da frase e ficou me olhando, eu não fui diferente, fiquei encarando aquele garoto, não podia acreditar.
Eu: Estou... – falei lentamente sabendo o que ele iria perguntar.
Olly: Oh – acordamos do transi – Sou Olly.
Eu: É eu sei – sorri ainda achando que era um sonho – Todo mundo sabe. – ele sorriu – Sou S/N. – nos cumprimentamos.
Olly: É um prazer. Ehr... Está com dor?
Eu: Não... Não muito. Só meu braço um pouco – me abaixei para pegar o violão – Ah!
Olly: O que foi? – pegou o violão e eu comecei a chorar
Eu: Meu pulso. Droga, acho que abriu. Meu Deus como dói! – fechei os olhos tentando não chorar com a dor
Olly: Vem. Te levo no hospital.
Eu: Não. Não dá, preciso ir para o show.
Olly: Show? Mas seu pulso, como vai tocar? – me sentei no banco que havia ali me pondo a chorar de dor e desespero
Eu: Droga... Tá dando tudo errado.
Olly: Ehr... – hesitou – Sei que não tenho nada a ver com sua vida, mas aconteceu algo antes desse tombo?
Eu: Sim. Mas não quero te encher com meus problemas. – controlei o choro – Preciso ir.
Olly: Espere. Deixe-me te ajudar. Eu te levo.
Eu: Tá. Mas de quê? Você está de skate. – apontei o skate dele que ele pegou.
Olly: Minha casa é a duas quadras daqui. Podemos fazer um curativo ou qualquer coisa assim no seu pulso e depois te levo para seu show de carro. – concordei e o acompanhei.

Fomos conversando, só evitei o assunto sobre minha mãe, apenas disse que ela nunca me apoiou na musica. Fiquei sabendo coisas maravilhosas sobre ele, sua vida e sua carreira. E é como eu sonho para mim. Chegamos a casa dele, enfaixei meu pulso e ele me levou até o show prometendo ficar pra me ver no palco.

Olly: Você vai cantar musicas suas?
Eu: Infelizmente não. É um show cover.
Olly: E como vai tocar com esse pulso?
Eu: Não sei. Mas se eu não conseguir não vou poder... – comecei chorar
Olly: Não chore – acariciou meus cabelos – Tive uma ideia. E se eu tocar para você. – eu o olhei analisando-o em busca de algum sinal de brincadeira.
Eu: Faria isso? Por mim? – ele assentiu – Mas você nem me conhece.
Olly: Conheço sim. Seu nome S/N, você tem minha idade é linda e tem talento com certeza, do contrario não teria conseguido esse show que mesmo que seja curto e seja cover, ainda assim é um show e já é um começo.
Eu: É. Parece que me conhece.  – sorrimos – Tudo bem vamos lá! – pulei do carro muito feliz e ele me acompanhou.

Entramos no local e avisei ao locutor do evento que não estaria sozinha e o porquê também. Mal voltei até Olly e já ouvi.

Locutor: E para abrir o show cover dessa noite vou chamar S/N com a participação especial de Oscar Olly Molander, integrante do boy group The Fooo Conspiracy!
Olly: Já? Mas o que você vai cantar?
Eu: Sabe tocar FiveFourSeconds né? – ele assentiu – Então será essa mesma. – andei em direção ao palco
Olly: Espere... – não esperei ele terminar de falar

Subimos ao palco e me entregaram dois microfones.

Olly: Parece que vou ter cantar com você.
Eu: Sim. Vamos improvisar – arrisquei e ele riu me achando maluca.

Apertei o microfone com o nervosismo e comecei a cantar... Cantamos juntos. Foi incrível, pois não deu nada errado. Nossas vozes se encaixaram, notas, tempo. Tudo foi perfeito. Depois daquela noite ficamos juntos mais um tempo conversando e ele arranjou um lugar para eu ficar já que eu havia saído de casa.
Começamos a nos encontrar e pude conhecer o trabalho dele de perto e ele gostava de mim também. Conheci os meninos e eles são maravilhosos, Olly principalmente. Até que meu pulso melhorasse ele continuou tocando comigo nas noites. Até que um dia...

Olly: Chega. Acho que você merece muito mais do que tocar em alguns eventos à noite e fazer covers. Você é incrível! Suas musicas são ótimas. Não. Vamos dar um jeito nisso.
Eu: O que vai fazer? – dei risada e ele pulou do sofá.
Olly: Espere e verá. Preciso ir. Até mais – veio até mim para se despedir e, sem querer, me deu um selinho – Ehr...
Eu: Ok’ – ambos coramos – Acho que você tem que ir.
Olly: É. Até mais. – saiu
Ok’ adorei aquilo, afinal eu gosto dele. Só ele quem não percebe. Ou finge que não percebe. A tardezinha recebi um ligação dele dizendo para encontra-lo num restaurante que precisava me apresentar uma pessoa. Eu aceitei e fui me arrumar. Pronta, fui ao encontro dele.

Eu: Oi. – o encontrei numa mesa discreta com um homem de meia idade, altura mediana e muito bem vestido.
Olly: S/N, este é Willian (apenas um personagem fictício). Diretor dos nossos shows.
Eu: Oh, oi. – o cumprimentei
Willian: Você deve ser a cantora que Olly tanto me fala.
Eu: Eu espero que sim. – rimos e nos sentamos.
Willian: Vou ser bem direto. – me olhou fixamente – Olly disse que você canta muito e eu espero que ele tenha razão. A pessoa convidada para abrir os próximos shows dos meninos no país cancelou na ultima hora. E essa é uma oportunidade única. Pegar ou largar. – eu paralisei tentando dissolver aquelas palavras. – O que me diz?
Olly: S/N? O que você acha?
Eu: O que eu acho? Você quer saber o que eu acho? – o encarei – Nada menos que maravilhoso! Meu Deus, você é incrível! É claro que aceito! Isso é incrível!
Willian: Ok’ então passe amanha no meu escritório que acertaremos os detalhes. Agora vou deixar os pombinhos comemorarem. – piscou, sorriu e saiu.
Eu: Pombinhos? Olly o que disse a ele?
Olly: Que você é minha namorada. – desviou os olhos corando
Eu: Eu sou? – brinquei
Olly: Você quer ser? – falou sério.

Eu sorri e o beijei, “claro que sim” respondi.

Xxx: S/N? – parei. Reconheço aquela voz em qualquer lugar.
Eu: Mãe? – me virei
Mãe: Oi – fazia mais de duas semanas que eu não falava com ela
Eu: Oi. Esse é Olly, meu namorado – o apresentei meio sem jeito
Mãe: É. Eu ouvi. Como você está?
Eu: Estou bem. Está dando tudo certo. A grana que ganho com os shows está me ajudando bastante.
Mãe: Mm. Até quando?
Eu: O que?
Mãe: Até quando vai ficar nessa birra de musica?
Eu: Birra? Não é birra. É meu sonho, quantas vezes vou ter que dizer? Não vou desistir dele por sua causa.
Mãe: Você é igualzinho seu pai. Essa historia de musica subiu na cabeça dele e fez o mesmo com você. Musica foi que acabou com meu casamento, que o levou de casa e...
Eu: Papai não foi embora por causa da musica. Sua falta de amor e compreensão com ele o fez ir. Entrar naquele avião e... – eu não conseguia dizer – Esquece não vou discutir com você. Me ligue depois que ver meu nome em outdoors por aí. – saí.

Olly On


Vê-la discutir com a mãe não foi nada bom. Ver a falta de apoio da mãe dela é pior ainda. Assim que ela saiu e eu segurei a mãe dela antes que virasse as costas.

Eu: Não sei o que vocês passaram. Mas sei que você é a única família dela. Ela uma garota incrível e muito talentosa. Por que não enxerga isso? Por que não a apoia e não fica feliz por estar realizando o sonho.
Ela: Porque esse sonho tirou o pai dela de mim, não quero perde-la também.
Eu: E não vai. Se viver esse sonho com ela. – a entreguei um ingresso da área vip do show – Pense nisso.


S/N On


Os dias foram passando e show se aproximando, meu nome sendo muito divulgado e eu muito ansiosa. No ultimo ensaio eu já estava exausta e me sentei, comecei a pensar na minha mãe. Nunca tivemos uma briga tão séria. Tenho medo de nunca mais voltar a falar com ela.

Olly: Hey princesa. O que aconteceu? – sentou-se ao meu lado ajeitando meu cabelo
Eu: Nada. Só estava pensando na minha mãe. – respirei fundo – Por que ela tem que ser tão teimosa e tão dura?
Olly: Olha, ela só quer o seu bem. O mundo da musica é difícil mesmo e ela só não quer te ver decepcionada. Quer dizer, já ficou, mas ela te ama. Ela vai ver que está errado sobre a musica, sobre tudo e vocês vão fazer as pazes. Tenho certeza disso.
Eu: Você é incrível sabia? – ele sorriu e me beijou
Olly: Agora vamos! Uma ultima vez para irmos descansar. – eu concordei o acompanhei

Naquela noite ele foi comigo para meu apartamento e lá aconteceu. Fizemos amor pela primeira vez. Não foi minha primeira vez, mas foi tão incrível e especial quanto.

Olly: Eu te amo. – acariciou meu rosto sorrindo
Eu: Eu te amo – nos beijamos mais uma vez e adormeci em seus braços.

*Hora do show*

Willian: Está pronta? – perguntou entrando em meu “camarim”

Me olhei no espelho surpresa comigo mesmo.

Eu: Sim. – meu primeiro show para um grande público.
Willian: Vamos lá? – eu o olhei e sorri
Olly: S/N? – sorriu – Você está linda! – o beijei – Vai dar tudo certo. Já viu quem está na primeira fileira? – eu olhei pela cortina da coxia e a vi.
Eu: Mamãe? – eu o olhei tomando cuidado para não chorar e borrar a maquiagem – Você a trouxe aqui? – ele sorriu – Eu te amo tanto! – o abracei.
Willian: Vai, está na hora de brilhar.
Omar: Confiamos em você.
Oscar: Você vai arrasar.
Felix: Está na hora de ganhar o mundo garota! – abracei a todos
Olly: Eu te amo – o melhor incentivo que pude receber – Vai.

Me posicionei e entrei no palco. Pude ouvir, fãs cantaram comigo, minha musica. A musica que fiz para minha mãe.  Cantei olhando na maior parte do tempo nos olhos dela, mas interagindo com os fãs. A vi chorando, eu chorei e finalmente encerrei. Ouvir os aplausos e o carinho de todas aquelas Foooers, ver minha mãe me aplaudindo sorrindo e em pé me fez ter certeza: o palco é meu lugar.

Depois daquele show, tudo melhorou. Minha mãe passou a me apoiar e até se tornou minha empresária. Convites para show chegavam todos os dias. Logo fiz minha primeira turnê com participação, claro, de The Fooo Conspiracy. As Foooers aceitaram bem meu relacionamento com Olly. A maioria pelo menos.

Eu: Quem diria que um tombo de skate te faria encontrar o amor da sua vida. - brinquei
Olly: Quem diria que encontrar o amor da sua vida te faria realizar um sonho atrás do outro. – rimos
Eu: Muito simples, eu não sabia, mas meu sonho sempre foi você. - ele me olhou com brilho nos olhos - Eu te amo Olly.
Olly: Eu te amo S/N.

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